quarta-feira, 16 de junho de 2010

O eterno policial típico

A Europa-América tem vindo a construir uma colecção muito consistente de literatura policial.
Ritual é mais um caso exemplar disso mesmo combinando elementos enriquecedores que permitem que o livro supere a categorização ou a tipificação da sua audiência.
Neste caso trata-se de combinar o policial com um eficaz retrato de realismo social da Inglaterra contemporânea onde a emigração ganha um peso relevante a níveis que nem sempre exposto; e igualmente com uma inteligente inclusão das crenças e das suas práticas no seio do crime, tanto daquele mais comum como do que assume uma perspectiva mais grotesca.
Isto, claro, assente no que ainda é o essencial de qualquer livro para se relacionar com o leitor, uma história em torno de personagens cujas características e acções apelam a quem as segue e que acaba por as querer reencontrar.
O policial é tanto o género em que se correm riscos e se procuram temas e narrativas radicalmente originais, como aquele em que se preserva a mais clássica das formas literárias.
Por isso, também, o policial continuará a ser um género de grande público e capaz de resistir à passagem do tempo.


















Ritual (Mo Hayder)
Publicações Europa-América
1ª edição - Março de 2010
360 páginas

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